Perseguição na ditadura: A defesa de João David Ferreira Lima, ex-reitor da UFSC, afirma que ele não perseguiu docentes durante a Ditadura Militar no Brasil. O caso ganhou destaque após o relatório da Comissão Memória e Verdade da universidade sugerir a retirada de homenagens a ele.
Contexto da Acusação
A defesa de João David Ferreira Lima, ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), argumenta que ele não foi responsável por perseguições a professores e estudantes durante a Ditadura Militar, que ocorreu de 1964 a 1985. O relatório da Comissão Memória e Verdade da UFSC menciona seu nome e recomenda a retirada de homenagens a ele.
Defesa do Ex-Reitor
A advogada Heloisa Ferro Blasi Rodrigues representa a família de Lima e afirma que o relatório contém “equívocos”. Segundo ela, a Comissão distorceu fatos sobre as ações do ex-reitor. Rodrigues critica a metodologia do relatório, apontando erros e interpretações enviesadas.
Recomendações da Comissão
O relatório da Comissão da Verdade sugere que a UFSC retire homenagens a pessoas que praticaram perseguições durante a ditadura. A comissão reconhece a contribuição de Lima para a universidade, mas o acusa de colaborar com o regime militar, enviando listas de nomes de professores e estudantes aos quartéis.
Contexto Político da Época
A advogada Rodrigues destaca que Lima estava sob vigilância das forças militares. Ela argumenta que, embora ele tentasse acalmar os militares, também foi acusado de extraviar inquéritos. A defesa enfatiza que ninguém foi punido ou demitido devido às ações do ex-reitor.
Casos de Suposta Perseguição
O relatório menciona casos de suposta perseguição, como o do professor José do Patrocínio Galotti. Lima teria recomendado sua exoneração em 1964, mas Rodrigues afirma que Galotti continuou a lecionar normalmente após o episódio, sem punições.
Outros Casos Citados
Outro caso é o do professor Henrique Stodieck, que também não sofreu consequências. O relatório sugere que Lima enviou ofícios sobre atividades subversivas de Stodieck, mas a defesa afirma que ele nunca foi preso ou demitido, mantendo suas funções na universidade.
Conclusão da Defesa
A defesa de João David Ferreira Lima continua a contestar as alegações feitas no relatório da Comissão Memória e Verdade. Eles argumentam que as interpretações são baseadas em informações distorcidas e que a verdade histórica deve ser analisada de forma criteriosa e isenta.