A Operação Presságio é um marco na luta contra a corrupção em Santa Catarina. Recentemente, a Polícia Civil indiciou 23 pessoas, incluindo um ex-secretário municipal, por envolvimento em uma organização criminosa. O esquema, que desviou cerca de R$ 10 milhões, foi descoberto dentro da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis.
O Papel do Ex-Secretário Ed Pereira
O ex-secretário municipal de Turismo e Esporte, Ed Pereira, é apontado como o líder da organização criminosa. Segundo o relatório da operação, ele montou uma estrutura empresarial para desviar recursos públicos. O esquema foi elaborado com a ajuda de diversos servidores e particulares.
Como Funcionava o Esquema?
A investigação revelou que o grupo utilizava o Instituto Bem Possível para receber repasses de verbas públicas. Entre 2017 e 2023, a instituição recebeu R$ 875.169,63. O casal Ed e Samantha Santos Brose comandava os projetos sociais, enquanto Renê Raul Justino atuava como “testa de ferro”.
Indiciados e Crimes Cometidos
Os 23 indiciados enfrentam acusações de formação de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica. Dentre os indiciados, estão ex-funcionários públicos e laranjas. A polícia identificou 18 indiciamentos por organização criminosa e 10 por peculato e falsidade ideológica.
- Edmilson Carlos Pereira Junior
- Samantha Santos Brose
- Renê Raul Justino
- Gilliard Osmar dos Santos
- Cleber José Ferreira
- Lucas da Rosa Fagundes
- Guilherme Dias Pires
- Leonardo Silvano
- Adriano de Souza Ribeiro
- Fernando Lopes Nascimento
Desdobramentos da Operação
A Operação Presságio teve três fases. Na primeira, Ed Pereira foi afastado do cargo em janeiro de 2024. Na segunda fase, ele e outros foram presos preventivamente. A terceira fase resultou em 24 mandados de busca e apreensão.
Reações e Defesa dos Indiciados
Até o momento, apenas a defesa de Renê Raul Justino se manifestou, afirmando que está analisando a situação jurídica. O espaço permanece aberto para que os demais indiciados se pronunciem sobre as acusações.