Hospital Infantil Joana de Gusmão e cirurgias inéditas em condição rara
Cirurgias inovadoras no Hospital Infantil Joana de Gusmão
No dia 15 de fevereiro de 2025, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, localizado em Florianópolis, realizou cirurgias raras para corrigir a extrofia de bexiga. Essa condição é uma malformação que afeta a parede abdominal, a bexiga e a genitália externa.
Parceria com especialistas
A técnica utilizada foi aplicada pela primeira vez na instituição, em colaboração com cirurgiões urologistas pediátricos do Grupo Kelly Filantropia, Solidariedade e Compaixão. Este grupo viaja pelo Brasil para compartilhar tratamentos inovadores, já ajudando 130 crianças com essa anomalia.
Casos de sucesso
Entre os pacientes, estava Levi, um bebê de 10 meses de São José. Ele passou por sua primeira cirurgia urológica após ter sido diagnosticado com onfalocele durante a gestação. Sua mãe, Tauany, expressou sua ansiedade e esperança pelo sucesso do procedimento.
Outro paciente, Samuel, de 14 anos, também se submeteu à cirurgia. Ele esperava ansiosamente por mais liberdade e independência após anos de tratamento. Sua mãe, Janaina, compartilhou como a música ajudou Samuel a lidar com a situação durante sua recuperação.
Resultados e benefícios das cirurgias
As cirurgias duraram cerca de dez horas e foram transmitidas ao vivo para profissionais no auditório do hospital. A Dra. Eliete Colombeli, cirurgiã urologista pediátrica, destacou que a técnica moderna traz benefícios significativos para a qualidade de vida das crianças.
Importância do Hospital na saúde infantil
O Hospital Infantil Joana de Gusmão é uma referência no tratamento de doenças raras e complexas em Santa Catarina. A diretora Maristela Cardozo Biazon enfatizou que essas cirurgias não apenas melhoram a vida dos pacientes, mas também contribuem para a formação de novos profissionais na área.
Sobre a condição rara
A extrofia de bexiga é uma malformação congênita rara, com uma incidência de 1 em 30.000 a 50.000 nascidos vivos, sendo mais comum em meninos. Nessa condição, a bexiga e outras estruturas não se fecham adequadamente ao nascer.
Solidariedade médica e avanços no tratamento
O Grupo Kelly Filantropia, formado por médicos voluntários, busca melhorar a qualidade de vida de crianças com essa anomalia. O Dr. Nicanor Macedo, membro do grupo, explicou que a técnica utilizada é complexa, mas tem mostrado resultados positivos.
O grupo foi inspirado por técnicas de médicos internacionais e tem se dedicado a socializar e apoiar as famílias afetadas. O trabalho deles tem trazido esperança e melhorias significativas na vida das crianças atendidas.