Caso ‘Anão da Solidão’: A investigação sobre a morte de Ernesto Schmitz Neto, conhecido como “Anão da Solidão”, foi encerrada sem indiciamento de policiais. O caso, que ocorreu em janeiro, gerou grande repercussão em Santa Catarina e levantou questões sobre o uso da força pela polícia.
Encerramento da Investigação
No dia 4 de abril de 2025, o inquérito policial foi enviado ao Ministério Público de Santa Catarina. O delegado responsável, Ênio Oliveira Mattos, concluiu que o policial agiu em legítima defesa durante o confronto. Ernesto foi baleado após supostamente tentar esfaquear um agente.
Detalhes do Confronto
O incidente ocorreu na Praia da Solidão, onde Ernesto, conhecido como “Betinho”, estava em surto. Ele teria ameaçado uma inquilina com uma faca antes de se trancar em casa. A polícia foi chamada e, ao arrombar a porta, os agentes se depararam com ele armado.
O delegado afirmou que o policial não teve escolha. “Não tinha alternativa, ou era ele, ou a polícia”, disse Mattos, defendendo a ação do agente. Ernesto foi atingido por quatro disparos, dois na lateral e dois na frente do corpo.
Reação da Família
A família de Ernesto contestou a versão apresentada pela polícia. Eles alegam que houve uso excessivo da força e que o policial poderia ter agido de maneira diferente. O advogado da família, Leonardo Vidal Guerreiro Ramos, expressou a insatisfação com a conclusão da investigação.
Segundo ele, existem incongruências entre os laudos periciais e os depoimentos dos policiais. A defesa questiona a necessidade de tantos disparos contra uma pessoa de baixa estatura, como Ernesto, que media apenas 1,24 metro.
Aspectos Psicológicos e Contexto
Ernesto Schmitz Neto era filho único e enfrentava problemas psicológicos. Ele tinha um histórico de surtos e dependência química, o que complicava sua situação. O psicólogo Thomas Fidryszewski, amigo da família, afirmou que Betinho sofria de transtornos psicológicos que potencializavam suas crises.
Após sua morte, um exame toxicológico revelou a presença de cocaína
Implicações Futuras
O relatório final foi enviado ao Ministério Público, que agora pode solicitar novas investigações ou decidir arquivar o caso. A situação continua a gerar debates sobre a atuação da polícia e o tratamento de pessoas com problemas de saúde mental em situações de crise.